Seminário E-Voices Dissemina, da UFF, discute raça, gênero, tecnologia e direitos humanos

O projeto de extensão “Dissemina” realizou, em parceria com a Rede “eVoices: Redressing Marginality”, o evento “eVoices Dissemina: Experiências Ativistas do Brasil e do Sul Global”. O seminário foi composto por três mesas de debate, que discutiram temas como “artivismo” (arte como forma de ativismo), tecnologias, raça, gênero e direitos humanos.

Além da promoção dessas discussões, o evento também serviu como lançamento do livro “Guia de Melhores Práticas da Rede eVoices: Ativismo, Artivismo e Mídias Digitais para reduzir a marginalização: Compartilhando experiências e lições do Brasil, Síria, Quênia e Costa Rica”, um guia ético desenvolvido pela Rede eVoices. Nele estão reunidas as melhores práticas para trabalhar com as comunidades marginalizadas. Estas informações foram recolhidas a partir das experiências vividas por meio dos trabalhos e parcerias da rede no combate à marginalização.

Com a presença de Ng’endo Mukii, cineasta queniana, Thainã de Medeiros, do coletivo Papo Reto, Renata Souza, integrante da rede eVoices e deputada estadual, entre outros nomes que também estão ajudando comunidades marginalizadas a contarem a sua história, o evento trouxe dezenas de jovens e alunos da Universidade Federal Fluminense para a sala Interartes do Instituto de Artes e Comunicação Social (IACS). Lá, eles puderam dialogar e refletir, como futuros comunicólogos, o papel midiático no combate à marginalização.

Durante as suas oito horas de duração, o evento percorreu várias temáticas, como a importância de ter a população das favelas e das periferias como protagonistas na produção de conhecimento sobre as comunidades marginalizadas. O lugar de fala para contar as vivências e histórias dessa parcela da população foi um ponto que foi defendido nas três mesas do seminário.

O intuito do evento era refletir sobre a intensa necessidade de representação de corpos e vozes marginalizados nas circulações midiáticas, em que muitas vezes essas histórias são apagadas ou contadas por terceiros. O projeto oferece uma oportunidade para que essas histórias sejam compartilhadas, afrontando os espaços intelectuais da supremacia branca e construindo estratégias para direcionar as ações no campo da comunicação, da cultura e da educação.